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Blue Economy: por um oceano sustentável

  • Foto do escritor: Flavia Nico
    Flavia Nico
  • 9 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Temos muitos desafios no viver contemporâneo. Fazer conviver a atividade econômica em harmonia e com preservação do meio ambiente é um deles. É da natureza que extraímos diversos recursos, desde metais e combustíveis fósseis até o plantar e colher nossos alimentos. Mas, a ação humana traz consequências adversas à natureza, um exemplo é a degradação dos oceanos.


Com a proposta de usar os oceanos para geração de empregos e de uma economia ativa, sem que estes sejam danosos para os ecossistemas marinhos, surgiu a blue economy. O que exatamente quer dizer o termo “blue economy”? Madhushree Chatterjee, Chefe do Departamento de Recursos Naturais e Interligações da Divisão de Metas de Desenvolvimento Sustentável da ONU, explica a blue economy como uma gama de setores econômicos e políticas relacionadas que, juntos, determinam se o uso dos recursos do oceano é sustentável. Em outras palavras,

a blue economy trata o oceano como uma fonte de geração de atividades econômicas de forma sustentável.

Como qualquer outra parte da natureza, o oceano reage à maneira como se é utilizado. Sabendo disso, a blue economy busca sempre a maneira mais “limpa” de utilizá-lo. A perspectiva é de um efeito em cadeia: se os navios despejam menos lixos nos oceanos, a água permanecerá limpa, os peixes terão um ambiente melhor para viver e serão pescados melhor qualidade para o consumo.


Outro importante ponto da blue economy é que ela se encaixa perfeitamente na Agenda 2030 da ONU, já que é um agente facilitador para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Madhushree Chatterjee, pontua que o conceito de blue economy visa promover o crescimento econômico, a inclusão social e a preservação ou melhoria dos meios de subsistência e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade ambiental - todas as questões integrantes da Agenda 2030. É seguro afirmarmos que se espera que a blue economy desenvolva uma grande mudança nos paradigmas ambientais para que no futuro a situação seja outra (e melhor).


Vale ressaltar que já existem países que atuam de forma mais ativa para a promoção da blue economy, como o Painel de Alto Nível para a Economia Oceânica Sustentável, que conta com a participação de 12 chefes de Estado  e do Secretário Geral da ONU para o oceano, Peter Thomson. Outro bom exemplo de como a blue economy vem crescendo é a Conferência de Economia Azul Sustentável, realizada no Quênia, em 2018, reunindo pesquisadores e ativistas para discutir a melhor maneira de utilizarmos o oceano de forma sustentável.



É necessário mudanças no presente para garantirmos um futuro com melhor qualidade de vida, e isso envolve áreas que algumas que muitas vezes não nos damos conta.

A blue economy é mais uma iniciativa para a implementação dos ODS e para uma  relação humana seja mais positiva com o oceano.

Por: Arthur Lemos Lodi, revisado por Flavia Nico (produção do Observatório Cidade e Porto @obscidadeporto)


Artigo originalmente publicado no LinkedIn do Observatório Cidade e Porto

 
 
 

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©2020 por Flavia Nico.

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